Nos primeiros dias de aula, os professores da minha escola se preocupam em promover atividades para recepcionar os alunos e promover a integração das novas turmas que se forma
Nos primeiros dias de aula, os professores da minha escola se
preocupam em promover atividades para recepcionar os alunos e promover a
integração das novas turmas que se formam. A ideia é darmos uma
oportunidade para que os alunos se apresentem, conversem um pouco e
quebrem o gelo que caracteriza este início de trabalho.
Além das
iniciativas coletivas, eu também organizo um momento como esse dentro
das minhas aulas. Vou contar minha experiência com uma atividade que
talvez muitos conheçam, mas que tem tido resultados muito bons com meus
alunos da EJA: a atividade da teia. Quem sabe ela não te inspira a realizar algo semelhante com seus alunos?
O único material necessário é um rolo de barbante.
O
procedimento é o seguinte: em um espaço aberto (que pode ser dentro da
sala mesmo, com as carteiras afastadas, ou em um pátio), eu e os alunos
formamos um círculo. Entrego o rolo de barbante para um dos alunos e
peço que ele diga seu nome, jogue o rolo para outra pessoa e diga o que
ele deseja para este colega naquele semestre. Antes de lançar o rolo,
ele segura em sua mão a ponta do barbante.
O próximo aluno repete o
procedimento, sempre segurando o barbante e jogando o rolo para outro
colega (que esteja, de preferência, distante dele no círculo), até que
todos participem. Ao final, forma-se um emaranhado de fios com todos os
alunos (e eu mesmo) segurando o barbante.
Já realizei essa
atividade algumas vezes e o início dela é sempre marcado pela timidez
dos alunos, especialmente dos que são novos na escola. No entanto, à
medida que o rolo de barbante vai passando de mão em mão, o clima vai se
descontraindo e os alunos vão se soltando. Os desejos para o semestre”
expressos por eles costumam ser sempre muito positivos:
“Desejo que você aprenda muito!”
“Espero que você tire notas muito boas!”
Quando
todos os alunos estão segurando no barbante, peço que digam o que
aquele emaranhado de fios representa para eles. As declarações são muito
interessantes:
“O fio representa a ligação entre os alunos.”
“O barbante é como o conhecimento, que vai passando de pessoa para pessoa.”
“Mostra que todos na classe estão unidos.”
“Significa que os professores estão junto com a gente.”
“É como aquela rede dos bombeiros; se alguém cai, os outros seguram.”
Estimulo
que os alunos comentem as declarações uns dos outros. Acho
particularmente interessante essa ideia do apoio dos colegas, uma vez
que sempre vêm à tona as dificuldades que enfrentam para frequentar a
escola e como o amparo dos amigos que passaram (ou passam) por situações
semelhantes é importante para ajudar a superá-las.IMENTO
Aqui cabe uma
confissão. Participei inúmeras vezes dessa mesma dinâmica em cursos de
formação de professores e confesso que já achava a atividade “muito
batida”. Toda vez que alguém a propunha eu pensava: “de novo”?
Por
isso, hesitei um pouco em utilizá-la com meus alunos. No entanto,
percebi que ela é novidade para a imensa maioria e é incrível o impacto
positivo que produz na consolidação do grupo. Vários estudantes já me
relataram que ela foi importante para promover a união da classe e que
as declarações feitas ali são lembradas por eles em outros momentos. A
positividade e a união produzidas naquela teia acabam ecoando em muitas
outras atividades, especialmente nas que envolvem trabalho em grupo.
Além disso, sabemos que a evasão é um dos principais problemas
vivenciados na EJA e penso que esse tipo de integração com o professor e
com a turma pode ajudar a motivar o estudante a permanecer na escola.
E
você, professor, também realiza alguma atividade para recepcionar seus
alunos da EJA e integrar a turma? Compartilhe-a com a gente!
m. A ideia é darmos uma oportunidade para que os alunos se apresentem, conversem um pouco e quebrem o gelo que caracteriza este início de trabalho.
Além das iniciativas coletivas, eu também organizo um momento como esse dentro das minhas aulas. Vou contar minha experiência com uma atividade que talvez muitos conheçam, mas que tem tido resultados muito bons com meus alunos da EJA: a atividade da teia. Quem sabe ela não te inspira a realizar algo semelhante com seus alunos?
O único material necessário é um rolo de barbante.
O procedimento é o seguinte: em um espaço aberto (que pode ser dentro da sala mesmo, com as carteiras afastadas, ou em um pátio), eu e os alunos formamos um círculo. Entrego o rolo de barbante para um dos alunos e peço que ele diga seu nome, jogue o rolo para outra pessoa e diga o que ele deseja para este colega naquele semestre. Antes de lançar o rolo, ele segura em sua mão a ponta do barbante.
O próximo aluno repete o procedimento, sempre segurando o barbante e jogando o rolo para outro colega (que esteja, de preferência, distante dele no círculo), até que todos participem. Ao final, forma-se um emaranhado de fios com todos os alunos (e eu mesmo) segurando o barbante.
Já realizei essa atividade algumas vezes e o início dela é sempre marcado pela timidez dos alunos, especialmente dos que são novos na escola. No entanto, à medida que o rolo de barbante vai passando de mão em mão, o clima vai se descontraindo e os alunos vão se soltando. Os “desejos para o semestre” expressos por eles costumam ser sempre muito positivos:
“Desejo que você aprenda muito!”
“Espero que você tire notas muito boas!”
“Tomara que você faça muitos amigos nesta escola!”
Quando todos os alunos estão segurando no barbante, peço que digam o que aquele emaranhado de fios representa para eles. As declarações são muito interessantes:
“O fio representa a ligação entre os alunos.”
“O barbante é como o conhecimento, que vai passando de pessoa para pessoa.”
“Mostra que todos na classe estão unidos.”
“Significa que os professores estão junto com a gente.”
“É como aquela rede dos bombeiros; se alguém cai, os outros seguram.”
Estimulo que os alunos comentem as declarações uns dos outros. Acho particularmente interessante essa ideia do apoio dos colegas, uma vez que sempre vêm à tona as dificuldades que enfrentam para frequentar a escola e como o amparo dos amigos que passaram (ou passam) por situações semelhantes é importante para ajudar a superá-las.
Aqui cabe uma confissão. Participei inúmeras vezes dessa mesma dinâmica em cursos de formação de professores e confesso que já achava a atividade “muito batida”. Toda vez que alguém a propunha eu pensava: “de novo”?
Por isso, hesitei um pouco em utilizá-la com meus alunos. No entanto, percebi que ela é novidade para a imensa maioria e é incrível o impacto positivo que produz na consolidação do grupo. Vários estudantes já me relataram que ela foi importante para promover a união da classe e que as declarações feitas ali são lembradas por eles em outros momentos. A positividade e a união produzidas naquela teia acabam ecoando em muitas outras atividades, especialmente nas que envolvem trabalho em grupo. Além disso, sabemos que a evasão é um dos principais problemas vivenciados na EJA e penso que esse tipo de integração com o professor e com a turma pode ajudar a motivar o estudante a permanecer na escola.
E você, professor, também realiza alguma atividade para recepcionar seus alunos da EJA e integrar a turma? Compartilhe-a com a gente!
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